Presença começa em uma casa vazia, onde a câmera se move de forma inquietante, observando longamente os espaços como se buscasse algo oculto. As tomadas são longas, deliberadas, e os personagens entram e saem do quadro como se a câmera não estivesse ali para acompanhá-los, mas para observá-los em segredo. Quando uma família se muda para o local, tudo parece normal, exceto por Chloe (Callina Liang
O que realmente nos define: nossas memórias ou nossos corpos? E se morrer deixasse de ser o fim, mas apenas um intervalo antes de sermos substituídos por uma nova versão de nós mesmos? Bong Joon-ho retorna ao cinema com Mickey 17 , um thriller de ficção científica baseado no romance de Edward Ashton. A obra mescla ação, sátira, existencialismo e uma crítica social incisiva, abordando temas como cl
A morte não faz barganhas e o pior não é saber que vai morrer, é a certeza de que ela está chegando. Só que no jogo de Oz Perkins, quem dita as regras do inevitável é o macaco. A morte é a única certeza da vida, mas seguimos fingindo que ela está distante até que nos força a encará-la. Em O Macaco , Osgood Perkins transforma essa inescapabilidade em um jogo cruel, onde cada batida do tambor de um
O Mágico Inesquecível ou: a defesa da releitura de um clássico afrocentrado Dirigido por Sidney Lumet e lançado em 1978, O Mágico Inesquecível é muito mais do que uma adaptação de O Mágico de Oz, é uma obra que celebra a cultura afro-americana, transforma a fantasia em um discurso político e redefine a jornada de Dorothy e seus amigos. Neste texto em homenagem a Lumet e em defesa desta produção
Kasa Branca , dirigido por Luciano Vidigal, é mais do que um filme: é uma experiência emocional que nos transporta para a periferia do Rio de Janeiro com uma sensibilidade rara. A obra acompanha Dé (Big Jaum), um jovem negro que enfrenta o peso da notícia de que sua avó, Dona Almerinda (Teca Pereira), figura central, está nos estágios finais da doença de Alzheimer. Com a ajuda de seus dois melhore
Nem sempre consigo escrever textos longos sobre todos os filmes que assisto, mas cada cena, cada história, merece pelo menos um instante de atenção. Foi pensando nisso que nasceu o Drops em Cena : uma coluna com observações rápidas e pessoais sobre as obras que passaram pela minha tela. Curto, direto e recheado de paixão pelo cinema. Ainda estou me ajustando, por isso sem uma frequência definida,
Uma homenagem estética que carece de ousadia narrativa O novo Nosferatu , dirigido por Robert Eggers, é um banquete visual que presta reverência ao clássico expressionista de 1922. Com uma direção de arte impecável e uma fotografia que transforma sombras em personagens, o diretor recria a atmosfera gótica e nostálgica que definiu o filme de F. W. Murnau. Cada quadro parece meticulosamente compost